07 junho 2009


Eu era apenas uma criança sonhadora, inventava mil palácios de cristal onde eu era uma princesa vestida com os mais belos vestidos de seda; tinha uma coroa de ouro branco como os lírios na primavera com uma grande esmeralda verde no centro, e como uma folha de laranjeira; tinha um príncipe, era alto, charmoso e vestia azul e dourado.
Quando era essa criança inocente, dava volta ao mundo num tapete voador, parava em belos sítios, cascatas e florestas com os mais belos animais nunca antes vistos.
Visitava muralhas intermináveis que desapareciam sobre meus pés, deixando apenas a beleza do chão inexistente pelo qual eu passava, quase que voando…E fugia para longe de tudo e todos.
Vivia todas as histórias de encantar, momento por momento, esperando que nunca terminassem. Cada preciosa história que se me esvaia por entre os dedos como areia.
Agora, não passo de uma adolescente…monótona, mas apesar tudo ainda vivo as minhas histórias de encantar, fantasias apenas. Às vezes, ou para um sítio secreto, desconhecido a todos os outros, que não sabem a alegria de viver. Nesse sítio existe uma ponte sobre um rio de águas límpidas, voam aviões de papel gigantes lá… Aviões de papel escritos, sendo que eu uma vez vi letras num avião, letras mal desenhadas. Pareciam-me desejos, estranhos mas apesar de tudo eram desejos. Penso se não sou apenas um brinquedo de gigantes que atiram aviões de papel com cinco vezes o meu tamanho…será que sou apenas isso?
Por vezes penso se tudo não é apenas um sonho muito longínquo, se ainda sou apenas a criança sonhadora de outrora, se algo do que eu vivo agora é real.
Choro, sobre essa ponte, o rio é feito de minhas lágrimas. Quando comecei a vir para aqui, não existia nada, nem ponte, nem rio, nem mesmo os aviões de papel. Comecei a vir aqui dia após dia; todos os dias algo mudava, sempre. Um dia vi a ponte e chorei, aí o rio formou-se dia após dia, o rio onde eu chorava… e aí apercebo-me o quão insignificante eu sou neste meu mundo imaginário. As minhas lágrimas penetraram lentamente na terra árida.
Hoje olho paro o rio, lembro-me do que aconteceu quando minha lágrima caiu. Lembro-me que se formou por mim, dia após dia…e novamente minhas lágrimas caem. O que acontecerá quando este sonho acabar?
Sinto-me só, ninguém me compreende, todos dizem que não mudei e não passo de uma criança tola e ingénua.

2 comentários:

  1. Olá juh!
    Está muito giro!!
    Beijinhos para a pequena princesa desse reino misterioso!!

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  2. Amooooor... Missing you!
    Os nossos dias com as nossas ceninhas parvas que não interessavam a ninguém (estupidez em demasia) sabes que eu já estou à espera pelo próximo Verão, enquanto isso tou a fazer uma pequena surpresa pa ti, não gravaste a música para mim mas ok,eu vou sobreviver sem isso, acho eu amor
    Beijinho
    Amo-te muito
    Do teu máridoinho(xP) =D <3^9999999999- nossas cenas

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