30 agosto 2011

Suspiro de saudade (1)

Não te vou mentir. Dói saber que o meu papel para ti não passa de um fundo no pretérito mais-que-perfeito. E dói ainda mais saber que andas a contruir todos os nossos sonhos magistrais com outra pessoa. Não te consigo perceber, o teu coração e a tua boca estão em completa dessintonia e quebras os nossos sonhos com a facilidade de um momento fugaz do tempo que deixamos escapar como areia fina por entre mãos abertas.
Não sei se desista. A verdade é que já tentei fervoramente pôr para trás todos os momentos em que gravaste o teu nome no meu coração mas eles estão presos por forças muito superiores às minhas. Estão presos pela segurança do teu abraço e pelo calor do teu beijo, pela vivacidade do teu olhar e pelo conforto do teu regaço.
Não sei como soltar o meu coração do abrigo que o teu amor foi para mim. Não sei e o meu coração recusa-se a aprender, recusa-se a ambicionar diferente maneira de bater do que com o sentimento de que o teu olhar me preenche.
Sabes que estou aqui infidavelmente e por ti estou afim de mover todos os sóis que nos separam.